Páginas

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Comecei de algum modo...

Decisão tomada. 
Pedido efetivado. 
Agora sim, comecei de algum modo
Compramos o Projeto do CABO HORN 40
  
E, além de selar uma decisão fizemos novos amigos: João e Maria do Veleiro Brasa, um SAMOA 34 construído pelos dois de forma primorosa.
  
Amigos, muito obrigado.
Gabriela, Mateus, Davi, Arnoldo, Débora
e nossos novos amigos João e Maria
  
Aproveitamos o feriado de Corpus Christi e agendamos uma visita ao Estaleiro Amador do João e Maria Scuro. Combinamos visita-los no sábado logo pela manhã.
  
5a.feira: descansamos após uma longa viagem, considerando os trechos de congestionamentos ao longo da BR 116. Próximo à Serra do Cafezal ficamos mais de 90 minutos para percorrer "longos" 4 quilômetros.
  
Caminhamos ao longo da Avenida Gastronômica em Joinville, a noite estava agradável e escolhemos saborear Pizza na Pedra. A escolha foi ótima, adoramos os sabores escolhidos e o vinho que saboreamos.
  
6a.feira: um passeio para conhecer a Estrada Bonita, parte do programa do Turismo Rural. Quitutes típicos, locais bem cuidados e um friozinho gostoso de sentir. Apesar de alguns de casa preferirem muito mais o calor.
Família Kersten está de parabéns com suas Cucas,
Suspiros de Amendoim e um Belo Museu Rural
  
Almoçamos no Restaurante Portela próximo ao pier em São Francisco do Sul. Aproveitamos bastante nosso tempo em família. E eu sempre na expectativa da visita no dia seguinte.
Restaurante Portela
onde saboreamos um belo linguado
  
Um belo passeio pelo Museu Nacional do Mar ajudou a nos envolver nos sonhos de construir um veleiro e de velejar. Parabéns Cony Baumgart pela maravilhosa reprodução de São Chico que você está realizando com graça e maestria, vencendo obstáculos, recriando a beleza das paisagens representadas em suas belas maquetes. 
  
Adoramos conhecer as várias histórias contadas ao longo do caminho onde "navegar é preciso" e "viver não é preciso", que me fizeram lembrar da música maravilhosa dos Titãs Enquanto Houver Sol onde "... é caminhando que se faz o caminho...", pois "navegar é o próprio viver".
"navegar é preciso
viver não é preciso"
  
Sábado: Acordamos, frio, bom café da manhã e seguimos para conhecer nossos novos amigos construtores de veleiro. A recepção foi ótima, nos sentimos em casa logo nos primeiros minutos. E, João com sua paciência e alegria em repartir seus conhecimentos e experiências foi nos contando e mostrando vários detalhes do seu belíssimo Veleiro Brasa, sempre acompanhado pelo entusiasmo de sua Maria. Parabéns, vocês estão construindo um belo veleiro.
  
O convite do João e Maria para uma visita no Joinville Iate Clube foi brindada com um excelente almoço com pratos deliciosos. Um passeio pelo clube, belos veleiros, alguns deles de amigos do João. Um deles nos fez "arrepiar" e não foi de frio. Era o Veleiro Marventura, um Bruce Farr 44, pouco maior do que o nosso sonho. 
Veleiro Marventura, Bruce Farr 44
4 pés maior que nossa decisão: um 40 pés
  
Ainda tivemos tempo para um final de tarde recheado com mais informações e dicas preciosas, detalhes que todos os ouvidos estavam atentos para registrar tudo e não esquecer nenhum desses detalhes.
Mateus, Arnoldo, Davi e Gabriela atentos
a cada detalhe que João e Maria nos explicavam
  
E, depois de alguns livros, dispositivos, máquinas e muito conhecimento empacotado nas horas que passamos na companhia dos amigos João e Maria, passamos por um lugar maravilhoso, Brothaus que nos fez lembrar os bons tempos que moramos no sul da Alemanha. 
  
Domingo: Volta para casa preparados para uma nova etapa, fazer o pedido do projeto CABO HORN 40 ao Cabinho e Luis que também nos ajudou muito na decisão final e "de algum modo começar" a construção do Veleiro 60ies: quando os sonhos renascem.
  
Foi um final de semana inesquecível.
   
E, não poderia deixar de citar a frase do Amir Klink estampada em seu Espaço no Museu Nacional do Mar - "... porque um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos das gavetas e, de algum modo começar."
aproveitei essa frase do Amyr e
neste final de semana fiz isso... comecei de algum modo!
  
João e Maria nosso muito obrigado pela hospitalidade e amizade.
Forte abraço da família Mendonça - caminhando na realização de um sonho
  

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Local do Encontro 23º08'S 044º17'W

Não se fala mais em ruas ou avenidas, números de casas ou de prédios, bairros ou apartamentos, nem mesmo cidades. 
   
Mas, simplesmente duas coordenadas definem com absoluta precisão e sem deixar nenhuma dúvida. Para nós "marinheiros de primeira viagem" foi uma novidade marcarmos um encontro dessa forma. Curioso, rapidamente fui checar no Google Earth onde seria esse encontro. Estava lá, Sítio Forte na Ilha Grande. 
   
local do encontro identificado no Google earth
 23º08'S  044º17'W
   
Parecia muito fácil. Anotei as coordenadas e seguimos para Paraty onde embarcaríamos no pier da Marina Refúgio das Caravelas para uma grande aventura familiar.
   
Domingo à tardinha apontamos a proa do Veleiro Charrua do Capitão Roberto na direção da Baía do Sítio Forte, seguimos as coordenadas e lá encontramos o Veleiro Luthier do Dorival e Catarina atracado.
   
veleiro Luthier do Dorival e Catarina atracado em 23º08'S  044º17'W 
   
Praia deserta, mar calmo e a noite foi chegando calmamente. Sem estrelas, sem lua, na certa teremos chuvas pela frente. Logo após nosso jantar decidimos deixar uma mensagem à moda antiga dentro de uma garrafa e pendurada na borda do cockpit dos nossos vizinhos.
   
bilhete escrito e guardado dentro de uma garrafa pet
   
Ao nos aproximarmos vimos que havia luz dentro do barco e logo Dorival e Catarina saíram para nos cumprimentar. Mostramos nosso recado e combinamos um encontro pela manhã às 9h. Eu não aguentava mais de curiosidade para conhecer a obra prima dos nossos novos amigos.
   
Já havia lido muito das suas histórias relatadas, da construção do seu sonho durante longos anos em Campinas e da bem sucedida viagem à Europa tão agradavelmente relatada em seu blog.
   
Dorival e Catarina, muito obrigado por nos receber de forma tão gentil e hospitaleira em seu maravilhoso veleiro. Ficamos maravilhados com a qualidade da sua obra de arte. Adoramos o que vimos e parabéns pelo resultado obtido. Fantástico mesmo.
   
Nossos filhos também ficaram impressionados com sua gentileza e carinho em apresentar a eles de forma tão didática vários detalhes da construção, dicas para decidir por este ou aquele modelo, além do encanto com sua mesa de navegação completamente aparelhada.
   
Bons Ventos a vocês.
   

domingo, 6 de maio de 2012

79 Horas Embarcados

Muitas emoções. 
Missão cumprida. 
Passo a passo um sonho vai se concretizando.
   
Benno, Arnoldo e Débora sentados
Davi, Gabriela, Artur e Mateus em pé atrás
a bordo do Veleiro Charrua
Sol, chuva, calor, frio, vento e calmaria. Neste feriado prolongado aproveitamos a oportunidade de vivenciarmos a vida a bordo de um veleiro durante 4 dias. Saímos da Marina Esconderijo das Caravelas em Paraty.
   
Capitão Roberto e o marinheiro Benno nos recepcionaram muito gentilmente e nos deram a oportunidade de uma imersão total no mundo náutico por 79 horas. Foram horas preciosas em família e com novos amigos.
Marinheiro Benno (Veleiro Sakumé) e Capitão Roberto (Veleiro Charrua)
   
Primeiro Dia: de Paraty até Ilha da Cotia
   
Pouco vento, calmaria, seguimos com motor até a Ilha de Cotia, no caminho mergulhamos com snorkel e pés de pato, saboreamos um belo almoço e depois seguimos até a Ilha da Cotia. Lá, descemos a âncora e nos preparamos para dormir.
Davi e Artur se preparando para mergulhar
   
A noite estava estrelada, a lua aparecia e se escondia atrás de nuvens. Ficamos apreciando essa maravilha no convés deitados na rede fixada abaixo da retranca. Foram momentos tranquilos e de completa contemplação.
   
Segundo Dia: da Ilha da Cotia até Sítio Forte na Ilha Grande
   
Um café da manhã no cockpit com uma bela salada de frutas, pães, ovos mexidos, chocolate e café. Dia claro, mas nublado. O sol resolveu ficar escondido e aparecer às vezes.
   
Antes de seguirmos para mar aberto passamos pelo Saco do Mamanguá, águas calmas, belas paisagens e o cenário do Filme O Amanhecer facilmente reconhecido... depois, que nos contaram.
Vista do Saco do Mamanguá
   
Durante as horas velejando pegamos ventos mais fortes de SE, barco adernado e muitas emoções para cada um de nós. Enfim, estávamos velejando de verdade.
   
No final da tarde chegamos ao Sítio Forte e avistamos o Veleiro Luthier e o Veleiro Yahgan, um SAMOA 34 e um CABO HORN 35, ambos projetos do Cabinho.
Veleiro Luthier à esquerda e Veleiro Yahgan à direita
   
Terceiro Dia: embarcados o dia todo no Sítio Forte
   
Chuva fraca o dia todo. Aproveitamos para visitar nossos novos amigos Dorival e Catarina. Seu Veleiro Luthier é maravilhoso, uma preciosidade. Cada detalhe planejado, executado e usufruído com muito bom gosto e qualidade de vida.
   
Apesar da chuva fina, Capitão Roberto preparou um churrasco no cockpit, mas preferimos almoçar na cabine que estava mais quentinho e seco. E, de vez em quando dávamos uma espiada do lado de fora, mas não poderíamos deixar de jogar Palavras Cruzadas.
Gabriela, Davi, Mateus (atrás) e Artur curtindo Palavras Cruzadas
   
À tardinha levamos nossos filhos para uma nova visita ao Veleiro Luthier. Dorival gentilmente foi explicando vários detalhes a eles. Todos adoraram o que viram e ficaram bastante animados para prosseguirmos nosso sonho.
   
Quarto Dia: de volta para Paraty
   
A chuva ficou em Ilha Grande. Seguimos com ventos de até 20 nós, sol ameno aparecendo às vezes, mas na maioria das vezes ficando escondido. Nesse percurso de volta tivemos várias emoções e muitos aprendizados da vida a bordo de um veleiro.
   
Problemas com o mecanismo hidráulico da roda de leme nos deixou algum tempo à deriva, mas ninguém se apavorou. Depois com ventos fortes e barco bastante adernado, ondas de mais de 3 metros, um pequeno rasgo na costura da vela mestre.
   
A chegada à Marina Esconderijo das Caravelas foi maravilhoso. Sol brilhando nas águas, belas paisagens e a emoção de conduzir o veleiro por várias horas foi indescritível.
estar no Caminho Eterno é maravilhoso
   
Adoramos vivenciar e nos marinizar em família. Agora que venham os próximos passos do meu sonho que cada vez mais vai se tornando o nosso sonho.
devidamente marinizados... até a próxima saída
Gabriela, Débora, Arnoldo, Davi, Artur e Mateus
   

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Minha Segunda Visita a um Estaleiro Caseiro

Desta vez foi durante uma viagem de negócios em Curitiba. 
   
Jorge, Leandra e Marco Antonio me receberam no seu Estaleiro Caseiro do Veleiro Furioso nesta 2a.feira.
    
Desta vez senti uma forte emoção ao estar diante de um Veleiro em construção. Percebi as dimensões reais, entrei na cabine, sentamos à beira da popa enquanto conversávamos e o Jorge me passava informações das suas experiências, dificuldades e alegrias a cada etapa vencida.
   
O Veleiro Furioso está imponente sempre aguardando mais uma peça a ser montada, mais uma camada de epóxi ou de manta de fibra ou ainda horas a fio de lixas de várias gramaturas. E, logo logo virá a pintura deixando-o ainda mais belo e ansioso para entrar definitivamente nas águas salgadas.
   
Enquanto saboreamos uma bela pizza acompanhada de um vinho chileno tivemos a oportunidade de nos conhecer um pouco mais, e... descobrimos que ambos somos da área de Tecnologia da Informação.
   
Depois dessa visita, posso garantir que a cada passo que adentro no mundo da construção caseira tenho a certeza que estou no caminho certo que escolhi. Aproveitar o meu hobby com madeira e o meu sonho de construir um veleiro para concretizar a existência do Veleiro 60ies.
   
Jorge, Leandra e Marco Antonio muito obrigado pelos momentos agradáveis que passei com vocês em Curitiba.
   
Que venham logo os Bons Ventos... para acabar logo com esse pó que parece não ter mais fim.
   

sábado, 14 de abril de 2012

Minha Primeira Visita a um Estaleiro Caseiro

Nesta 5a.feira visitei pela primeira vez me encontrei com um construtor amador Lucas Marcondes Filho. Foi uma surpresa para mim encontrar dois Lucas, o pai e o filho. Ambos envolvidos na construção. Gostei de ver isso, pai se envolvendo no sonho do filho.
    
Gentilmente me receberam e passaram várias informações, desde as primeiras emoções com a chegada do pacote dos desenhos, a compra das máquinas (serra tico-tico, aparafusadeira, serra de bancada, desengrossadeira e diversos outros itens necessários à construção do veleiro), a satisfação das peças já elaboradas nas primeiras cinco semanas de trabalho. Estavam muito felizes... e, felicidade é contagiante.
    
Todas as anteparas e suas peças já estavam cortadas, todas as ripas para execução das cavernas também já estava preparadas. E, também já montaram oito cavernas. Me mostraram satisfeitos cada uma dessas peças. Com isso comecei a dar-me conta do tamanho que é um SAMOA 34, projetado pelo Cabinho.
    
Acompanhei a montagem de duas cavernas, aprendi bastante com eles durante a preparação da mesa de trabalho: riscar e marcar as cavernas com papel carbono, fixação dos dispositivos (cantoneiras aparafusadas na mesa), preparo da massa epóxi (mistura de dois produtos), colagem das sete ripas uma sobre a outra (passando cola com uma espátula de madeira nas duas faces da ripa) para cada uma das cavernas e o trabalho de ambos para conformar o conjunto de ripas e fixa-lo com grampos e depois fixa-los definitivamente com sargentos. Muita força, muito ajuste sem perda de tempo por conta da colagem.
    
Algumas dicas foram fundamentais: pedaços pequenos de madeira envelopados com fita adesiva para ficarem entre os pinos do sargento e a madeira, fita adesiva na mesa (duas tiras) para apoio do conjunto de ripas coladas, pois há excesso de cola e seria impossível descolar depois. Ah! E não esquecer de trabalhar com as luvas cirúrgicas para não agredir as mãos com a massa epóxi.
    
E, ao final a satisfação de terem montado mais 2 cavernas. Foi sensacional a experiência e a emoção. Definitivamente iniciou a materialização do meu sonho, o meu Veleiro 60ies.
    
Lucas Filho e Lucas Pai, muito obrigado pela hospitalidade, gentileza e por serem meus Primeiros Amigos Construtores de Veleiro.
   

segunda-feira, 26 de março de 2012

Meus Primeiros Amigos Construtores

Começar uma amizade com Jorge Dias do Veleiro Furioso, Francimar Godas do Veleiro D'Artagnan e Lucas Marcondes Filho foi um privilégio.
    
Jorge acaba de voltar de um charter de 7 dias a bordo do Veleiro Planckton com Fábio e Cecília. Enquanto descansava e curtia suas férias aproveitou para ir aprendendo como é a vida a bordo. Voltou hoje e retomou a construção de seu SAMOA 28 com suas baterias carregadas e com todos os ventos de popa
    
Francimar atualmente ajustando o leme do seu MC 36 de alumínio. Sua obra prima fica bem próxima de Jundiaí, qualquer dia desses vou aparecer para sentir os ventos mais de perto.
    
Lucas comprou no final do ano passado o projeto de um SAMOA 34. Já iniciou seus trabalhos cortando as anteparas e as ripas para as cavernas. Serão 32 cavernas montadas nas 16 anteparas.
    
Todos esses projetos são de autoria do Cabinho.
Enquanto isso, eu continuo sonhando entre um Cabo Horn 35 MKII e um SAMOA 34
    
Difícil decisão, difícil escolha... uma nova etapa na minha vida.
   

sábado, 24 de março de 2012

Um Sonho... Um Blog... Um Novo Recomeço

Sonhos nascem.
Sonhos revelam.
Sonhos adormecem.
   
Depois de quase 40 anos.
Depois de férias com a Família.
Depois de ver o Oceano Pacífico.
Depois de ver o Oceano Atlântico.
   
Sonhos acordam.
Sonhos crescem.
Sonhos se materializam.
   
Basta estar no Caminho.
Basta deixar o Vento soprar.
Basta vivenciar alguns dias.
Basta acreditar, planejar, viver e realizar.
   
SEIS anos
SETENTA E SEIS meses
TREZENTAS E TRINTA E TRÊS semanas
DOIS MIL, TREZENTOS E TRINTA E UM dias
   
Não há Caminho longo.
Se este Caminho está dentro do Caminho Eterno.
   
Praia Brava em Arraial do Cabo
Débora observa Mateus, Davi, Gabriela e Arnoldo descendo a íngreme encosta